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Temer vai lançar pacote para reativar economia em tentativa de conter crise.
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Uol Economia
Do Rio de Janeiro
12/12/2016
O presidente Michel Temer vai lançar um pacote para estimular a economia
e aposta na aprovação de medidas econômicas no Congresso para conter a crise
política agravada pelo vazamento de acordo de delação premiada de um ex-executivo
da Odebrecht citando o presidente e aliados próximos, de acordo com jornais
desta segunda-feira (12).
Temer realizou uma reunião no domingo no Palácio do Jaburu com o
ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o secretário do Programa de Parceria de
Investimentos, Moreira Franco, e parlamentares para discutir a situação.
No encontro, foi debatida a aceleração de um pacote de estímulos à
economia que já vem sendo estudado pelos ministérios da Fazenda e do
Planejamento, e deve ser anunciado nesta semana.
"A prioridade do governo do
presidente Temer de fato é o ajuste fiscal, a recuperação da economia, a
retomada dos investimentos", disse o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso,
após o encontro, acrescentando que a delação da Odebrecht na Lava Jato não vai
interferir no ajuste fiscal.
"Nada vai tirar o foco do ajuste fiscal, são coisas independentes.
Ele (Temer) inclusive vai chamar a equipe econômica para os últimos detalhes de
um pacote que ele vai lançar, provavelmente esta semana, um pacote para
reativar a economia em uma série de ações", acrescentou.
Empregos
Uma das medidas, de acordo com o
jornal "O Estado de S.Paulo", será o anúncio do Programa de
Sustentação ao Emprego (PSE), com investimento previsto de R$ 1,3 bilhão.
Outras medidas envolvem ações nas áreas regulatórias, de crédito e
competitividade, com o objetivo de melhorar o ambiente de negócios, acrescentou
o jornal.
À noite, Temer participou de um jantar com deputados da base aliada na
residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em que fez
um apelo aos parlamentares pela aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) de 2017 e a admissibilidade da reforma da Previdência na Comissão de
Constituição e Justiça da Casa, segundo o jornal "O Globo".
Acordo
Além das medidas econômicas, outra
aposta do presidente para tentar reduzir a crise é um acordo definitivo com o PSDB, de
acordo com o jornal "Folha de S.Paulo". A nomeação do líder do
partido na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), para assumir a Secretaria de Governo
deve ser a principal medida nesse sentido, segundo o jornal.
A temperatura política voltou a subir em Brasília com o vazamento de
delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Claudio Melo
Filho, que citou recursos repassados a líderes peemedebistas.
Foram citados o presidente Michel Temer, o ministro Eliseu Padilha, o
secretário Moreira Franco, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), o
presidente da Casa, Renan Calheiros (AL), e o líder do governo no Congresso,
Romero Jucá (RR), além de políticos de outros partidos, como o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia.
Os políticos negaram qualquer irregularidade.
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