A greve dos
policiais militares baianos causou um prejuízo de R$ 400 milhões para o
comércio local, até o momento. O impacto da greve foi ainda maior por começar
no início do mês, período em que, de acordo com o presidente da Confederação
Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizaro Junior,
contabilizam-se mais da metade do faturamento mensal das lojas.
"A CNDL de Salvador estima um prejuízo de R$ 400 milhões para o comércio
[local], devido ao fechamento de lojas em consequência da greve. Esse prejuízo
foi ampliado principalmente por ocorrer no início do mês, quando sai a folha de
pagamento. Nos dez primeiros dias faturamos tranquilamente mais da metade do
que é registrado ao longo de todo o mês", disse Pellizaro. A pesquisa, disse o
dirigente logista, foi feita por amostragem.
Ele considera complicada essa situação de greve para o país. "Ou resolvemos a
questão ou, então, que adaptemos a legislação, porque o Brasil vive um momento
institucional bastante delicado, com vários segmentos usando o direito de greve
em momentos cruciais do dia a dia."
O presidente da CNDL ressaltou que a greve pode ter efeitos negativos sobre o
carnaval. "Os PMs baianos escolhem a época do carnaval. Isso certamente vai
gerar questionamentos no exterior sobre o risco de essa estratégia ser adotada
também na época da Copa ou das Olimpíadas. Enfim, por mais justa que sejam as
reivindicações, esses meios utilizados são questionáveis."
Fonte: Agência Brasil