As exportações fluminenses
cresceram 47% no ano passado, atingindo o recorde de US$ 29 bilhões. Também as
importações subiram 14%, com US$ 19 bilhões, gerando um saldo comercial também
recorde, três vezes acima do apurado em 2010. Os dados constam do boletim Rio
Exporta, divulgado hoje (14) pela Federação das Indústrias do
Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
O gerente de Estudos Econômicos da
entidade, Guilherme Mercês, declarou à Agência Brasil que o cenário internacional
influenciou no resultado apresentado pelo estado. "Em 2011, o mundo como um
todo cresceu mais que o Brasil e os empresários, tanto brasileiros, como
fluminenses, tiveram que buscar oportunidades no mercado internacional". Por isso,
a parcela da produção industrial destinada ao exterior cresceu no ano passado.
Ele destacou, no caso específico do
Rio, que a entrada em operação da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA),
cuja produção é voltada ao mercado mundial, contribuiu para alavancar as vendas
ao exterior. Mercês declarou que enquanto o mundo apresentou expansão de quase
4%, a estimativa no Brasil é crescimento em torno de 3%, em 2011.
Também a participação do Rio de
Janeiro nas exportações nacionais foi recorde: 11,5%. "Essa participação
fluminense nas exportações brasileiras é a maior da história. É recorde. E está
influenciada por um crescimento muito superior das exportações fluminenses em
relação às nacionais. Enquanto as vendas externas do Rio de Janeiro cresceram
47% em comparação ao ano anterior, as exportações nacionais subiram 27%",
disse.
O setor metalúrgico foi o grande
destaque nos embarques do estado, em 2011, mostra o boletim da Firjan. O
aumento observado atingiu cerca de 300% sobre o ano anterior, liderando as exportações
fluminenses de produtos industrializados. "Retomou a liderança entre as maiores
exportações fluminenses da indústria química. As exportações triplicaram em
relação a 2010".
As exportações de produtos
industriais praticamente dobraram em relação a 2010. As vendas da indústria
mostraram crescimento de 95%, superando as de petróleo, que tiveram alta de
34%.
Os Estados Unidos mantiveram a
liderança dos principais parceiros do comércio exterior do Rio de Janeiro,
respondendo por 21,7% do total comercializado pelo estado.
Para 2012, Mercês disse que a crise
na Europa deixa um cenário um pouco nebuloso em termos de comércio
internacional. Avaliou que isso poderá ter algum reflexo sobre o setor
siderúrgico, em especial, "uma vez que a nova siderúrgica do estado tem
destinação 100% para os Estados Unidos e a Alemanha".
Por isso, acredita que a crise
europeia e seus impactos podem trazer alguns efeitos negativos para a
exportação do estado, que deverá mostrar um crescimento mais moderado este ano.
Fonte:
Agência Brasil