HSBC prevê que o
crescimento na Ásia e em outros mercados emergentes compensará a fraqueza das
economias europeias neste ano, após o maior banco da Europa ter divulgado um
lucro de 21,9 bilhões de dólares para 2011.
O HSBC acrescentou, contudo, que o sucesso em mercados
emergentes estava se tornando cada vez mais caro, com custos subindo 10 por
cento, a 3,9 bilhões de dólares -cerca de 30 por cento disso por causa de
maiores salários.
Bancos na Europa têm tido bilhões de dólares de perdas porque
a crise da dívida no continente corroeu o valor dos títulos soberanos e afetou
as operações de trading dessas instituições, que tentam cumprir as rígidas
novas regulamentações que visam a evitar uma repetição da crise bancária de 2007 a 2009.
O HSBC tem sido pouco afetado por ter mais de 75 por cento de
seus lucros fora da Europa e dos EUA. O banco permaneceu otimista, nesta
segunda-feira, com as possibilidades para mercados emergentes apesar de temores
de que haja certo superaquecimento.
"Permanecemos confortáveis com (a previsão para os)
mercados emergentes e estamos confiantes de que o crescimento do PIB em
mercados emergentes continuará positivo e que a China terá um pouso
suave", disse o presidente-executivo, Stuart Gulliver, em uma teleconferência
com jornalistas.
O HSBC, presente em mais de 80 países, informou que o lucro
antes de impostos cresceu 15 por cento, para 21,9 bilhões de dólares em 2011,
pouco abaixo da média da estimativa de analistas de 22,2 bilhões de dólares,
segundo pesquisa da Reuters.
O número também ficou abaixo do lucro recorde do grupo de
24,2 bilhões de dólares em 2007, mas superou o resultado de outros bancos
ocidentais que já divulgaram resultados referentes ao ano passado, incluindo o
rival J.P. Morgan, que teve lucro de 19 bilhões de dólares.
Os lucros do HSBC foram impulsionados por um ganho contábil
de 3,9 bilhões de dólares sobre o valor de sua dívida. Sem esse montante, o
lucro antes de impostos caiu 6 por cento, para 17,7 bilhões de dólares, devido,
em parte, aos maiores salários em mercados emergentes e custos de
reestruturação.
Fonte: Reuters