Segundo
estimativas do Pyxis Consumo, do Ibope Inteligência, o consumo no Brasil deve
crescer 13,5% este ano na comparação com 2011, atingindo R$ 1,3 trilhão - o que
equivale a 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Dos produtos mais
consumidos, a classe C, que responde por 52,4% do número de domicílios
brasileiros, realiza metade do consumo com cigarros (50,3%), carnes e derivados
(48,5%) e mercearia (48,2%). As informações foram divculgadas hoje pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O economista do IBRE/FGV, André Braz, ressaltou que, com o crescimento da renda, a
classe média - conhecida como nova classe C - mudou de hábitos, passando a
consumir novos produtos, como os eletrodomésticos. Mas, ainda assim, Braz
atenta que a maior parte do orçamento familiar é gasto com a alimentação. "As
famílias agora tem um pouco mais de fôlego para incorporar coisas que antes
elas apenas sonhavam incorporar, principalmente as classes mais baixas. Toda
essa estabilidade, essa condição de política econômica que vem acontecendo nos
últimos anos, têm favorecido para um aquecimento no consumo", disse na
reportagem.
As
classes A e B deverão absorver cerca de 50% do consumo na maior parte dos grupos
pesquisados no estudo. A classe A, que representa 2,6% da população, se destaca
principalmente pelo consumo de CDs e DVDs (27,3%), produtos financeiros
(25,7%), artigos de decoração (25,3%) e pela compra de veículos (25%). A classe
B, que representa 24,4% da população, realiza cerca de 58,3% do consumo de
combustível e ensino, em seguida com cinema (54,6%), serviços automotivos
(53,8%) e consumo de artigos esportivos (53%). Já as classes D e E, que
representam 20,6% da população, em sua maioria, consomem produtos de mercearia
e cigarros, com 13%, além de 12% do consumo de calçados infantis, carnes e
derivados.
Fonte: Agência IN