A ampliação da cobrança de 6% do Imposto sobre
Operações Financeiras (IOF) nos empréstimos externos com liquidação em até
cinco anos, como forma de conter fluxos especulativos no câmbio, deu força à
cotação do dólar no pregão de hoje (12). A moeda norte-americana subiu 1,12% e
terminou o dia cotada a R$ 1,803 para compra e a R$ 1,805 para venda. Foram os
maiores valores dos dois últimos meses.
Há 11 dias, o governo já havia ampliado a cobrança
do IOF de dois para três anos, revertendo a desvalorização do dólar, mas de
forma moderada. A moeda norte-americana estava abaixo de R$ 1,70 na ocasião.
O mercado demonstrou ter absorvido o impacto da
medida desta segunda-feira. O dólar chegou a ser cotado, na máxima do dia, a R$
1,833, com valorização de 2,72%. Nos oito dias úteis do mês de março, incluindo
hoje, a moeda norte-americana chegou a valorizar 4,94%.
Em contrapartida, a Bolsa de Valores de São Paulo
(Bovespa) fechou o primeiro pregão da semana em baixa de 0,48%, com o seu
principal índice, o Ibovespa, em 66.384 pontos, pressionado pelo aperto cambial
nas captações externas e pela notícia negativa de que a balança comercial da
China registrou déficit de US$ 31,5 bilhões em fevereiro.
Fonte: Agência Brasil