O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes
de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, confirmou hoje (11) que
as montadoras irão investir US$ 22 bilhões até 2015. Belini e outros
representantes do setor conversaram com o ministro da Fazenda, Guido Mantega,
sobre o novo regime automotivo brasileiro, que dá incentivos a um maior
conteúdo de componentes nacionais nos carros. O novo regime vigorará entre 2013
e 2017.
"O grande esforço agora é
em busca da competitividade do setor no Brasil", disse Belini, após a reunião
com o ministro.
Segundo Belini, os
investimentos previstos para o setor começarão a deslanchar já neste ano, tanto
nas montadoras quanto no setor de autopeças. Ele destacou que as desonerações e
os financiamentos também deverão contribuir para o aumento da produção.
Os representantes das
montadoras pediram a Mantega mais atenção para o crédito no varejo para a venda
de veículos para, assim, expandir-se a produção. Belini ressaltou, porém, que é
baixo o volume de recursos destinados pelos bancos públicos federais para o
financiamento ao consumidor
Para ele, existem ainda
dificuldades no setor para a venda de caminhões e a renovação da frota. "Na
realidade, a quantidade de postos que está sendo implementada no país é
satisfatória. Porém, os frotistas não têm a segurança de que a capilaridade de
postos será suficiente para fornecer diesel [para os caminhões]. Isso é uma
questão que precisa ser resolvida", disse.
No último dia 3, o governo
anunciou um aumento de recursos do Tesouro
Nacional para o
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o objetivo de
estimular a produção dentro do novo Plano Brasil Maior, além do novo regime
automotivo brasileiro.
Entre as medidas para o
setor, estão a redução das taxas de juros fixas de 10% ao ano para 7,7% ao ano
para ônibus e caminhões com produção nacional e o aumento do prazo total do
financiamento de 96 meses para até 120 meses. Os juros do Procaminhoneiro caem
de 7% ao ano para 5,5%, mas, para os ônibus híbridos, a taxa de 5% ao ano foi
mantida.
Fonte:
Agência Brasil