O mercado global de IPOs, de abertura
de capital, registrou queda
considerável no primeiro trimestre do ano, segundo apontou o estudo Global IPO
update, elaborado pela Ernst & Young.
Segundo o estudo, foram
realizadas 157 operações, somando arrecadação 69% inferior ao mesmo período de
2011, passando de US$ 46,6 bilhões,
com 296 IPOs, para apenas US$ 14,3 bilhões neste início de ano.
O resultado é o pior desde o segundo
trimestre de 2009, quando registrou 82 processos a US$ 10,4 bilhões.
O documento assinalou que, apesar
do resultado negativo em esfera global, o Brasil continua otimista, sendo o
problema do país o impacto vindo dos Estados Unidos nas operações.
No período, apenas um processo
de abertura de capital superou US$ 1 bilhão. Nos três meses, o valor médio das
operações alcançou R$ 91 milhões, 42% a menos que os R$ 157 milhões de um ano
antes.
No primeiro trimestre de 2012, sete
IPOs foram adiados e 36 ofertas foram retiradas, ante 5 e 53 em 2011,
respectivamente.
Em relação ao preço, 80% dos processos
no mundo ficaram dentro ou um pouco acima do range de preço de saída, enquanto
7% superaram o valor.
O estudo ainda apontou que, apesar dos
problemas enfrentados, as bolsas de Hong Kong, Shenzhen e Shanghai, na Ásia,
estiveram entre os cinco mercados globais de maior destaque por recursos
captados.
Do 20 maiores IPOs do período, oito são
de origem asiática, representando 47% do valor arrecadado globalmente, com 84
processos concluídos e captação de US$ 6,7 bilhões.
Apesar disso, a Ásia obteve queda de
74% no capital levantado ante 2011.
No Estados Unidos, as aberturas de
capital em tecnologia representaram o destaque do país, com 11 das 32 operações
finalizadas, representando US$ 1,1 bilhão dos US$ 4,8 bilhões levantados no
período.
Na Europa, as bolsas de valores
recolheram US$ 2,5 bilhões em 24 IPOs, 18% do capital global colhido nos
primeiros três meses do ano.
Na análise setorial, de cada cinco
processos de IPOs, pelo menos um veio do setor de indústria, com US$ 2,7
bilhões em 29 processos, seguido por bens de consumo e serviços, com US$ 2,2
bilhões em 16 processos.
No número de transações, mais de um em
cada cinco IPOs são de tecnologia, com US$ 2,1 bilhões em 35 de IPOs.
Fonte: Último Instante