A quantidade de veículos
importados vendidos no Brasil caiu 12,8% em abril, em comparação ao mês
anterior. De acordo com balanço mensal divulgado pela Associação Brasileira das
Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), em abril foram
emplacadas 11.917 unidades enquanto em março foram 13.666.
Na comparação com abril
do ano passado, quando foram licenciados 16.573 automóveis importados, o setor
também registrou queda nas vendas de -28,1%. A retração também ocorreu no
primeiro quadrimestre de 2012, com comercialização de 47.380 unidades contra
52.161 no mesmo período do ano passado, resultando em queda de 9,2%.
De acordo com os dados,
o total de carros importados em abril foi 58.000 mil contra 63.777, com uma
queda de 8,9%. No quadrimestre houve crescimento de 5% com relação aos quatro
primeiros meses de 2011. As taxas incluem automóveis importados pela Abeiva e
pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
De acordo com o
presidente da Abeiva, Flávio Padovan, os resultados estão associados às medidas
restritivas impostas pelo governo e à carga tributária, além da alta do dólar e
à dificuldade para obtenção de crédito. A entidade tem discutido com o governo
para tentar encontrar maneiras de manter a importação de automóveis no país.
Segundo Padovan, a Abeiva vem alertando o governo sobre a necessidade de
auxilar empresas que estão chegando ao Brasil para que tenham condições para
permanecer no país.
"O resultado das
empresas está muito difícil e é complicado justificar para as matrizes o que
está acontecendo por aqui, mas acredito que o governo vá promover algumas ações
para nos dar oxigênio". Segundo Padovan, o ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, prometeu que até o final do
mês terá algum anúncio positivo para o setor.
Com relação aos
estoques, Padovan disse ainda que cada empresa tem uma condição e que muitas já
resolveram diminuir seus estoques em setembro do ano passado. Ele ressaltou que
entre os funcionários das redes de concessionárias de importados o clima é o de
apreensão, pois todos estão preocupados com a possibilidade de demissões.
"O mercado hoje está em
depressão, então existe uma preocupação geral. Os nossos estão mais preocupados
do que os outros. Nós precisamos manter a rede viva e os empregos. São 882
concessionários, principalmente para prestar serviço para os nossos clientes,
porque essa é a grande obrigação que temos", disse.
Fonte:
Agência Brasil