O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deverá ser bem
maior do que o registrado nos três primeiros meses do ano, quando ficou em
0,2%.
Ele destacou que o governo tem "reforçado os
investimentos" públicos, além de dar condições para o setor privado crescer
mais. Mantega informou que o crescimento dos investimentos do governo foram
cerca de 30% maior até abril do que igual período do ano passado, incluindo o
setor habitacional.
"Alguns analistas querem tirar, não sei porque, o
Minha Casa, Minha Vida, mas isso é investimento. É o governo contratando a
construção de habitações. As estatais também estão fazendo investimento maior
do que no ano passado. A Petrobras estará com investimentos maiores. Nós vamos
anunciar na semana que vem o Plano de Negócios da empresa", disse.
Para o ministro, o setor privado ainda está assustado
com a crise internacional que continua "forte lá fora e não se resolve". Mas
destacou que o governo brasileiro tem mostrado que economia pode crescer, mesmo
em tempos de crise internacional. Para ele, o setor privado começa a "se
animar" com as medidas anunciadas pelo governo para atacar os problemas.
Mantega garante que o governo tem dado condições para
o setor privado aumentar os investimentos, com a redução dos custos tributários
e financeiros. Ele destacou que foram adotadas várias medidas e as linhas de
financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
estão no momento com taxas muito baixas.
"Agora estamos lançando o capital de giro com taxas
baixas, e isso é bom para as empresas. As condições estão dadas para
que também o investimento privado possa se recuperar e ter um bom desempenho
este ano", destacou.
Hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) divulgou que a inflação oficial do país, medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), diminuiu e ficou em 0,36% em maio. Com o resultado, no
período dos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 4,99%. Para o ministro, a
queda da inflação garante uma
política monetária mais flexível.
Fonte: Agência Brasil