O governo italiano aprovou dia 15 uma série de
medidas para estimular o crescimento do país, que sofre os efeitos de uma grave
crise econômica. As medidas incluem a venda de empresas e patrimônio estatais.
Em uma reunião do Conselho de Ministros, que durou
cerca de seis horas, o primeiro-ministro, Mario Monti, aprovou dois decretos
com medidas destinadas a estimular a competitividade na Itália, reduzir a
despesa do Estado e recolher novas receitas para reduzir a dívida pública.
O primeiro-ministro italiano afirmou em conferência
de imprensa que as medidas aprovadas são "muito robustas" e incluem um novo
fundo que reunirá os programas de apoio às empresas. O governo indicou que o
primeiro passo para reduzir a dívida pública virá da venda de três empresas
estatais italianas, que devem dar ao Estado cerca de 10 bilhões de euros.
Serão vendidos o grupo estatal Fintecna, que
controla os estaleiros Fincantieri, a seguradora Sace e a empresa de prestação
de serviços às empresas italianas no exterior Simset, serão vendidas. Outras
privatizações ainda serão anunciadas.
Segundo o vice-ministro da Economia, Vittorio
Grillo, a receita (das privatizações) servirá para financiar despesas do Estado
e a primeira parte da venda deverá estar concluída no final do mês. O executivo
informou que será vendido todo o patrimônio que deixou de ser utilizado depois
da redução operada nas Forças Armadas, colocando o dinheiro em um fundo
imobiliário que será "avaliado e vendido" para investidores privados.
Entre outras medidas, o governo vai aumentar as
deduções fiscais para obras de reforma, para estimular o setor da construção,
conceder créditos fiscais para o emprego de jovens altamente qualificados e
adotar medidas para a criação de postos de trabalho na chamada economia verde.
O governo anunciou também que vai reduzir o número
de funcionários públicos por meio da fusão de departamentos, prevendo reduzir
os funcionários do gabinete do primeiro-ministro e do ministro das Finanças em
10%.
Fonte: Agência
Lusa