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A APIMEC Brasil saúda as mulheres que atuam como analistas e profissionais de investimento, superando barreiras e condições desiguais muito vezes enfrentadas.Há muito tempo nossa Associação se preocupa com a participação ainda pequena das mulheres no mercado de capitais, seja como profissionais de investimento, executivas e conselheiras de companhias abertas ou investidoras. Alguns avanços ocorreram desde os anos 1980, mas nossas atuais estatísticas mostram que a participação ainda fica na faixa dos 10-25% nesses segmentos. Por exemplo, do total de 1.296 analistas credenciada(o)s, apenas 185 são mulheres, ou seja 12% do segmento. No quadro de associada(o)s, as mulheres são 13%.

No passado, algumas explicações faziam sentido, hoje não mais. A natureza do trabalho presencial, intenso e que requeria constantes viagens de campo, afastava a mulher da atividade quando chegava a fase da maternidade e cuidado com idosos. Também havia menos mulheres com formação em economia, finanças e administração de empresas.

Estamos na segunda década do Século XXI e, no Brasil e no resto do mundo democrático, as mulheres conseguiram aumentar sua presença na Universidade, inclusive nas carreiras consideradas como masculinas. As famílias ficaram menores e mais diversas e as leis mais protetoras dos direitos das mulheres, crianças e idosa(o)s. O avanço tecnológico permite pesquisar e trabalhar a distância. A introdução dos Princípios ESG na gestão de companhias e fundos também inclui atentar para a diversidade de gênero. Ou seja, temos uma missão de estimular o aumento de participação feminina no mercado.

Do lado da APIMEC Brasil, internamente, também precisamos melhorar. No Conselho de Administração temos 2 conselheiras entre nove membros (22%), na Diretoria Executiva, temos 2 diretoras entre 5 membros (40%), mas na superintendência/gerência as mulheres já são maioria (75%).